Apreciação crítica sobre um livro

Esta história é contada por um carvalho americano, com 216 anos, chamado Rubra, e tem lugar numa cidade americana sem nome, onde Rubra é uma árvore dos desejos. Todos os anos, no dia 1 de maio, que é o Dia dos Desejos, os habitantes da cidade, em romaria, atam fitas de tecido com os seus desejos mais queridos aos ramos da Rubra.

A Rubra está no mesmo local desde antes de 1848, quando um grupo de imigrantes chegou àquela zona. Tornou-se uma árvore dos desejos quando uma jovem mulher irlandesa, chamada Maeve, trouxe a tradição do seu país para a cidade e atou um desejo no ramo da Rubra, pedindo para encontrar alguém a quem amar. Após algum tempo, o desejo de Maeve realizou-se, quando uma imigrante italiana deixou um bebé num dos ocos do tronco da Rubra. Maeve, solteira e solitária, adotou a bebé e deu-lhe um nome italiano, Amata (Amada). Inicialmente, a escolha de Maeve, uma irlandesa ruiva de olhos azuis, de adotar a bebé italiana abandonada, de cabelo preto e olhos castanhos, não foi bem aceite pela comunidade. Porém, com o tempo, as pessoas acabaram por se habituar a Ama (era como Amata passou a ser tratada) e as duas acabaram por conseguir arranjar um lugar para si e para a sua família diferente dentro da comunidade.

Atualmente, a trisneta de Maeve, Francesca, é a dona da Rubra, pois o carvalho cresce na sua propriedade, que também inclui as casas verde e azul, onde Maeve, os seus filhos e netos viveram e que agora eram alugadas.

Uma nova família de imigrantes, alugou a casa azul, junto a Rubra. Como eram muçulmanos, começaram a ser discriminados. As pessoas começaram a insultá-los e a gritar-lhes “Fora, muçulmanos!” Samar é a única filha da família muçulmana. Ela é calma, inteligente, e não tem amigos – mas tem uma ligação especial à natureza. Todas as noites, ela visita a Rubra depois de os seus pais terem adormecido. Os animais amigos da Rubra – que inclui três famílias de guaxinins, gambás e corujas, assim como a melhor amiga da Rubra, a corvo Bongó – gostaram imediatamente de Samar. Uma noite, Samar pediu um desejo – queria ter um amigo. É evidente que ela queria a atenção do seu vizinho Simão, que morava na casa verde, e esperava que ele pudesse ser seu amigo. Entretanto, Bongó ofereceu uma pequena chave de prata a Samar.

Um dia, um adolescente esculpiu a palavra “LEAVE” (Fora!) no tronco da Rubra. Isto foi visto como uma ameaça contra Samar e a sua família. Francesca usou este acontecimento desagradável, bem como o facto de as raízes de Rubra estarem a estragar a canalização da sua casa, como uma desculpa para cortar Rubra e começou a fazer preparativos para derrubar Rubra no Dia dos Desejos.

Numa tentativa desesperada de salvar a sua própria vida e conceder o desejo de Samar, Rubra quebrou a regra da natureza que diz que animais e plantas não podem falar com os humanos. Duas noites antes do Dia dos Desejos, Rubra contou a Simão e a Samar a história de Maeve e Ama(ta). No dia seguinte, Simão e Samar imploraram a Francesca para não cortar a Rubra. Francesca não quis ouvir, mas reconheceu a chave à volta do pescoço de Samar, como a que abria o diário da sua trisavó Maeve. Francesca disse a Samar que o diário estava no barracão atrás da sua casa. Nessa noite, Samar leu o diário e descobriu que a história que Rubra lhe contou estava dentro dele – nas palavras de Maeve.

Quando o Dia dos Desejos chegou, os habitantes da cidade encheram os ramos de Rubra com os seus desejos. As crianças da escola primária escreveram cartões e cada um deles dizia “STAY” (Fiquem). O Simão organizou esta surpresa em segredo, juntamente com os professores da escola, e disse a Samar que esperava que ela e a sua família permanecessem na comunidade.

Entretanto chegaram os técnicos para cortar Rubra, mas Samar e Simão convenceram Francesca a ler o diário da sua trisavó, Maeve. Enquanto ela se sentou a lê-lo, os animais, amigos e moradores de Rubra, uniram-se e subiram para o seu tronco e ramos, para evitar que fosse cortada. As pessoas que estavam a assistir, aplaudiam e davam vivas, pois também elas queriam que a sua querida árvore dos desejos continuasse no mesmo sítio de sempre.

Depois de ler o diário da sua trisavó, Francesca cancelou o corte da Rubra. Ela disse que se tinha esquecido da importância que aquela árvore tinha para a sua família e que a sua trisavó Maeve sempre defendeu o amor, por isso a árvore iria continuar onde estava e esperava que Samar e a sua família também ficassem.

A Rubra ficou a salvo, pois a Francesca escreveu para a câmara a pedir que fosse considerada “árvore de interesse público”, ficando protegida para sempre. Assim, a tradição do Dia dos Desejos vai continuar.

No final, a família de Samar decidiu ficar na comunidade, e Simão e Samar tornaram-se bons amigos… mais um desejo realizado!

Eu gostei muito de ler este livro, pois é cativante, engraçado e o final é bastante emotivo. Eu gostei muito dos diálogos entre os animais, pois são amorosos, mas também cheios de humor. Recomendo este livro a todos os meus colegas, porque além de ser fácil de ler, é muito cativante e não conseguimos parar. É um livro tocante, que tem uma mensagem atual, apesar de podermos ter os nossos sonhos e desejos, devemos ter os pés assentes na terra e não devemos pisar os outros para os alcançarmos. Devemos ser tolerantes, pacientes, mas devemos, principalmente, respeitar tudo o que nos rodeia, quer sejam pessoas ou a natureza.

O que eu mais gostaria era que houvesse uma Árvore dos Desejos e um Dia dos Desejos. Imaginem se na nossa escola escolhêssemos uma árvore bem bonita e decidíssemos ter um Dia dos Desejos… todos os alunos e professores teriam cartões e fitinhas para atar nessa árvore. Seria um dia inesquecível!

Será que a minha professora de Português (e DT) me pode ajudar a realizar este desejo?

Autor: Simone Ferradini, 6.ºB

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